A Dor do Abandono.
Adilcéa (Ceinha) |
Crianças que não pediram pra nascer, hoje crescendo traumatizadas em ser ver abandonadas, se sentindo rejeitadas ou preteridas por outros que vieram depois, jovens que no ardor e excitação do momento não pensaram se estavam preparados para uma gravidez. E com isso sem pensar e sem estrutura psicológica se depara com um filho para criar, sem pensar nas conseqüências, abandona o filho sem lhe dar o mínimo de carinho. E insiste em se achar certo, achando que a pobre criança é quem deveria correr atrás, mendigando um pouco de amor, amar, que não custa dinheiro é negado por pais que tentam punir as mães por não ter dado certo o seu romance e com isso deixam crescer dentro do coração da criança um sentimento de rejeição, pais que esquecem que uma criança é criança e que espera no seu dia, um agrado e que no seu aniversário, ele espera nem que seja um abraço, alguma coisa que o faça se sentir amado, e que ele é importante para os pais, se esquecem até mesmo que ele é filho e que toda a vida dos seus pais foi lhe dar o Máximo que ele tinha, seus pais deixaram de viver os seus sonhos para que ele realizasse o seu.
E outros pais, que vivendo uma vida familiar já estruturada, não pensam ao se envolver com outras mulheres que destruíram os sonhos de seus filhos, quantas crianças que trazem dentro de si a saudade do amanhecer com os pais juntos, de poderem tomar café da manhã juntos, jantar juntos, enfim fazer tudo juntos como uma família, e de repente tem que se acostumar-se e aprender a amar outro que no seu interior não será o pai ou mãe mais somente um tio (a) querido (a), quantos sentem saudades e os pais não percebem? Em muitos casos que a rebeldia de alguns, a gagueira de outros, o ganho de peso de uns é conseqüência de traumas, com a separação dos pais.
Pobres crianças colocadas de lado por causa de uma separação.
Existem mulheres que também já fizeram acontecer estas situações, mas é o mínimo quase que nada em relação aos homens que pela sua natureza já é menos sentimental que as mulheres.
Pobres crianças, filhos de pais separados que tem que conviver com a tristeza, de que seu pai, é mais o pai de outro do que seu. Crianças que recebem de outro o carinho que por direito é do seu pai, e com certeza essa criança dirá um dia:
“Terei um filho e serei para ele o que meu pai não foi pra mim” Aldicéa Souza Guimarães.
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