IV Domingo da Páscoa – 29/04/12
"Eu sou o
Bom Pastor."(Jo. 10,11A)
Neste IV Domingo da Páscoa do Senhor, continuaremos refletindo,
revivendo e aprendendo com Jesus Cristo, com sua pedagogia própria, às
vezes falando por Parábolas, outras vezes de forma direta e objetiva,
dependendo sempre para quem está falando.
Nesta semana, por exemplo, teremos a oportunidade de
refletir uma parte da Parábola do Bom Pastor, que Jesus Cristo conta
aos fariseus, e para confundi-los, usa a linguagem dos camponeses, de propósito,
Jo. 10,11-18.
Ele mesmo se
define, quando diz: "Eu sou o bom Pastor." (V.11ª )
Quando Jesus
Cristo se declara o "Bom Pastor", Ele não outorga a Si
próprio um título que, provavelmente, lhe daria muita honra e nenhum trabalho.
Não! Ele na realidade está fazendo uma descrição do seu Projeto de Vida
a nosso favor, estas "ovelhas" estúpidas, indefesas e infiéis,
que ainda hoje, nos deixamos facilmente ser desviados por um simples aceno daqueles
que só querem nos destruir.
E vai mais longe: "O bom Pastor dá a sua
vida pelas ovelhas."(V.11B) Era da tradição hebraica o
pastor de ovelhas lutar contra os predadores correndo o risco de perder a
própria vida. E é o que fez Jesus
Cristo por nós. "Conheço as minhas ovelhas e as minhas
ovelhas me conhecem a mim…"(V.14b)
O conhecimento que Jesus Cristo tem de cada um de nós, suas "ovelhas",
é um conhecimento fundamentado no Amor! Amor que não se mede com
fitas métricas, de escalas irregulares ou com medidas do tamanho das nossas
conveniências e interesses egoístas, mas pelos Braços da Cruz, que banhados
pelo sangue do "Cordeiro", abraçam toda humanidade. E
para não ficar nenhuma dúvida desse conhecimento, Jesus Cristo faz a comparação: "Assim como o Pai
me conhece e eu conheço o Pai."
Mas afinal, se não podemos medir, de que modo então, Jesus Cristo conhece o Pai
e o Pai O conhece? Podemos sim, pelo menos, tentar avaliar com
que intensidade o Pai conhece o Filho e o Filho o Pai?
Mesmo assim, teríamos certamente, dificuldades para encontrar a palavra certa
para descrever tal relacionamento, seria uma tarefa muito difícil, já que nosso
vocabulário é formado à base de sensações humanas e experiências do dia-a-dia.
O melhor caminho, com toda certeza, será buscar no mais profundo do nosso ser o
sentimento mais sublime e puro que julgamos ter, no nosso relacionamento com Ele, Jesus Cristo. E assim, pelo menos talvez, chegaremos perto
do relacionamento existente entre o Pai e o Filho.
O Amor de Jesus Cristo por nós, apesar de toda a grandeza, não deve,
naturalmente, causar surpresa, pois sabemos que se Ele deu sua própria vida para nos Salvar, só pode
conhecer-nos, sem dúvidas, com um Amor jamais imaginado.
E o nosso amor para com Ele, como fica? Ou…, como está? "É uma pena!"
Temos tudo para conhecê-lo muito e O conhecemos tão pouco e O
amamos menos ainda.
"Eu
te amo, como o Pai ama a mim!"
Fabiano Camara Bensi
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