domingo, 22 de abril de 2012

Refletindo o Evangelho de Domingo


IV Domingo da Páscoa – 29/04/12


"Eu sou o Bom Pastor."(Jo. 10,11A)

Neste IV Domingo da Páscoa do Senhor, continuaremos refletindo, revivendo e aprendendo com Jesus Cristo, com sua pedagogia própria, às vezes falando por Parábolas, outras vezes de forma direta e objetiva, dependendo sempre para quem está falando.
Nesta semana, por exemplo, teremos a oportunidade de refletir uma parte da Parábola do Bom Pastor, que Jesus Cristo conta aos fariseus, e para confundi-los, usa a linguagem dos camponeses, de propósito, Jo. 10,11-18.
Ele mesmo se define, quando diz: "Eu sou o bom Pastor." (V.11ª )
Quando Jesus Cristo se declara o "Bom Pastor", Ele não outorga a Si próprio um título que, provavelmente, lhe daria muita honra e nenhum trabalho. Não! Ele na realidade está fazendo uma descrição do seu Projeto de Vida a nosso favor, estas "ovelhas" estúpidas, indefesas e infiéis, que ainda hoje, nos deixamos facilmente ser desviados por um simples aceno daqueles que só querem nos destruir.
E vai mais longe: "O bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas."(V.11B) Era da tradição hebraica o pastor de ovelhas lutar contra os predadores correndo o risco de perder a própria vida. E é o que fez Jesus Cristo por nós. "Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me conhecem a mim…"(V.14b)
O conhecimento que Jesus Cristo tem de cada um de nós, suas "ovelhas", é um conhecimento fundamentado no Amor! Amor que não se mede com fitas métricas, de escalas irregulares ou com medidas do tamanho das nossas conveniências e interesses egoístas, mas pelos Braços da Cruz, que banhados pelo sangue do "Cordeiro", abraçam toda humanidade. E para não ficar nenhuma dúvida desse conhecimento, Jesus Cristo faz a comparação: "Assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai."
Mas afinal, se não podemos medir, de que modo então, Jesus Cristo conhece o Pai e o Pai O conhece? Podemos sim, pelo menos, tentar avaliar com que intensidade o Pai conhece o Filho e o Filho o Pai? Mesmo assim, teríamos certamente, dificuldades para encontrar a palavra certa para descrever tal relacionamento, seria uma tarefa muito difícil, já que nosso vocabulário é formado à base de sensações humanas e experiências do dia-a-dia. O melhor caminho, com toda certeza, será buscar no mais profundo do nosso ser o sentimento mais sublime e puro que julgamos ter, no nosso relacionamento com Ele, Jesus Cristo. E assim, pelo menos talvez, chegaremos perto do relacionamento existente entre o Pai e o Filho.
O Amor de Jesus Cristo por nós, apesar de toda a grandeza, não deve, naturalmente, causar surpresa, pois sabemos que se Ele deu sua própria vida para nos Salvar, só pode conhecer-nos, sem dúvidas, com um Amor jamais imaginado.
E o nosso amor para com Ele, como fica? Ou…, como está? "É uma pena!" Temos tudo para conhecê-lo muito e O conhecemos tão pouco e O amamos menos ainda.

"Eu te amo, como o Pai ama a mim!"

Fabiano Camara Bensi

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