3º Domingo da Páscoa –
22/04/2012
“Por que estais
perturbados…?” (Lc. 24,38B)
Em Lucas 24, 35-48, logo no início do texto, encontramos o final, ou o
resultado, do encontro dos Discípulos de Emaús com Jesus Cristo, quando declaram que… “tinham reconhecido (O
Senhor) ao partir do
pão”.
Os discípulos de Jesus Cristo, por causa do medo trancaram-se em casa. Diante
das várias notícias da sua ressurreição conversavam animadamente. Mas ainda com
medo do que pudesse acontecer também com eles. "'Enquanto falavam destas coisas, Jesus
apresentou-se no meio deles e disse: 'A Paz seja convosco!'" (V.36)
Quantas vezes as nossas preocupações diárias com casa,
família, trabalho, estudo, Comunidade, etc., fazem simplesmente o mesmo
conosco. Não permitem que reconheçamos a verdade de que este mesmo Senhor continua
vivo e sempre ao nosso lado. E mais, pronto para dar-nos a força interior, a
confiança e a Paz, necessárias, porque não dizer, fundamentais, para as
lutas do nosso dia-a-dia.
Quando Jesus
Cristo apareceu aos seus discípulos, ele não o fez para
recriminá-los, além de deixar claro que sabia o que se passava em suas mentes
supersticiosas. Assim, Ele
ordena que o apalpem e examinem. E tudo indica que os discípulos o fizeram.
Superstição é a “religião” do medo e da falta
de informação. É difícil resistir ao contágio do medo, ele tem o poder de
despertar toda a superstição latente na mente humana e de abalar
definitivamente a confiança na verdadeira fonte da Fé.
Jesus Cristo estava ali para despertá-los para a realidade de seu
corpo humano com “mãos, pés e lado” que continham as cinco chagas da
crucificação a que fora submetido. Diante destas chagas qualquer dúvida que
restasse desapareceria.
Na maioria das vezes, quando estamos em conflito interior,
o que mais buscamos é a Paz; quase sempre a primeira coisa que pensamos
é que Deus não nos ama:
“Estou abandonado, “Não sou amado por Deus” e tantos outros pensamentos
desanimadores que nos levam a procurar outros caminhos que não são os
verdadeiros, fazendo que muitos busquem refúgio em remédios, drogas, bebidas...
etc. Estes pensamentos são muito comuns, mas Jesus Cristo nos coloca de uma maneira muito clara: não é Deus quem deixa de nos amar, nós
é que não O amamos o suficiente e, então, nos sentimos abandonados por Ele.
Creio que o que mais precisamos ainda hoje é que Jesus Cristo venha e, de alguma
forma e em muitas situações, nos abra os olhos da Fé, para dar-nos a sua
Paz e mostrar-nos o quanto nos ama e o quanto somos importantes para Ele. Certamente, quando isto
acontece também queremos contar aos outros o que se passou em nossa vida e como
O reconhecemos, qual foi a nossa experiência e o que experimentamos. Ele então nos dirá: “Vós
sois as minhas testemunhas de tudo isso.” (V.48)
A Paz do Senhor não é um bem que existe em si
mesma. Ela É um Presente, uma Promessa, um Direito.
Fabiano Câmara Bensi
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