terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Refletindo o Evangelho de Domingo


IV DOMINGO DO ADVENTO – 18/12/2011

“Ave, cheia de Graça, o Senhor é contigo.” ( Lc.1,28b)

Nesta semana, a Liturgia nos oferece mais uma oportunidade de refletir a importância da fidelidade na proposta de Deus para a restauração da humanidade, o anúncio do nascimento de Jesus Cristo, Lc. 1,26-38.
No Antigo Testamento, Deus utilizou os anjos (que significa "mensageiros", "enviados") para comunicar as Suas vontades, desejos e aspirações. Eles são, portanto, instrumentos usados por Deus como mediação entre o Divino e o humano; são os mediadores da Aliança de Deus com os homens.
No Novo Testamento, os encontramos poucas vezes, antes do nascimento de Jesus Cristo: nos diálogos com Zacarias, pai de João Batista; com José, esposo de Maria; com Maria no momento da Concepção; e também no período que Jesus Cristo ainda era criança.
No Novo Testamento, todas as intervenções dos anjos de Deus, foram marcadas por uma peculiaridade, uma particularidade, uma coisa em comum: a fidelidade daqueles a quem Ele se dirigiu e sempre uma expressão de confiança: "Não temas!" ou, "Não tenhas medo!"etc.
Numa dessas intervenções, o anjo de Deus  anuncia a encarnação do “Verbo”: Não temas, Maria, pois encontraste Graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.” (V.30-31)
Maria, cheia do Espírito Santo de Deus, após ter recebido “Grande Notícia”, “ser a mãe do Salvador, aquele que seria chamado Filho do altíssimo que deveria receber o nome de Jesus, assumiu com todas as conseqüências, pronunciando aquela frase que é repetida no mundo inteiro, milhões e milhões de vezes, durante o dia: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra."  (Lc. 1, 38)
A atitude de Maria foi a que deveria ser, a do verdadeiro "Servo": colocar-se diante do Senhor, como num espelho, deixando refletir em si as vontades do Pai.
 Com essa atitude de Maria podemos aprender:
·        temos que acreditar que Deus tudo pode, inclusive  realizar uma concepção e um nascimento de forma  milagrosa;
·        que uma decisão humana pode ser mudada por uma revelação de Deus;
·        que as profecias são Palavras de Deus que não devem ser desprezadas e que é possível ser totalmente submisso à Palavra de Deus.
Foi-nos dado através desse gesto de  Maria, o maior dos presentes, foi-nos dado o verdadeiro Deus, de "Presente". Este "Presente" não é para ficar ausente, (guardado) é para ficar visível (presente).
Vamos também, neste Natal, partilhar com Maria dessa jubilosa alegria. Afinal…, é tempo de Natal, tempo não mais de nascimento, mas de renascimento de renovar-se na Esperança daquele que é "Presente".
“Eu estou no meio de vós!”

Fabiano Camara Bensi

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