III Domingo do Advento –
11/12/2011
“Eu sou a voz que clama no
deserto:” (Jo.1,23a)
Esta é a resposta dada por João Batista aos fariseus,
quando questionado a seu respeito e de sua Missão: “Dize-nos, afinal,
quem és…” (V.22).
O Evangelho de Jesus Cristo, escrito pelo
Evangelista São João (Jo. 1,6-8.19-28), que será o centro da Liturgia deste 3º
Domingo do Advento, nos faz pensar na atitude profética de João Batista, e o
quanto é fiel à sua vocação. Proclama com destemor; que:
a) a realidade do Reino
dos céus, anunciada por outros profetas, se faz presente na pessoa de Jesus
Cristo;
b)os profetas deram uma garantia de que Deus existe. Ele, porém, afirma: “Deus
está no meio de nós. Que sempre esteve!”
c) ele não
apresenta, e também não repete, uma tradição vinda dos antigos, de que: “Deus
está no meio do povo”; ele aponta ao povo o rosto verdadeiro de Deus na pessoa de Jesus de
Nazaré.
João Batista foi escolhido por Deus para
cumprir esta Missão, preparar o caminho e anunciar a vinda de Jesus Cristo. Já no ventre de sua
mãe, Isabel, foi Ungido por Deus com o Espírito Santo
quando da visita de Nossa Senhora, como está escrito: "Ora, apenas
Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu ventre; e Isabel
ficou cheia do Espírito Santo" (Lc. 1,41)
João Batista (aquele que batiza) cumpriu a sua Missão,
batizava para a remissão dos pecados e anunciava a vinda do Salvador, prometido
pelo Pai, o Messias.
Para muitos ele
era o Messias prometido! João Batista foi enviado pelo Pai, sim! Mas,
para ser o último profeta do que era velho, para os homens… e ser
o primeiro profeta da Restauração, para anunciar a vinda definitiva da Salvação,
do “Novo” de Deus.
Quando somos
batizados recebemos a mesma Unção que João Batista recebeu para
anunciar a "Boa Nova",
"Evangelizar". Para que todos vejam a Salvação de Deus,
“Deus não
escolhe os capacitados, capacita os escolhidos...” Apesar de sermos escolhidos,
batizados e termos a mesma "Unção" dada a João Batista, por Deus, e até dizermos que somos "Igreja",
às vezes, agimos com a nossa própria ideologia, como se fossemos um "deus",
o todo poderoso; ou não temos a mínima noção do que o Batismo:
“Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, significa.”
Este é um momento privilegiado para (todos nós)
fazermos uma reflexão e uma avaliação: Será que nós somos realmente Convertidos
e Evangelizados? Dignos desta Unção? Ou estamos "convencidos"
que pelo nosso conhecimento, pela nossa posição política, social, econômica ou
religiosa, já somos "capacitados" e… santos?
Vamos, pois, fazer "uma conversão realmente
frutuosa" como diz São João e não dizer: "eu sou isso…"
"sou aquilo…" "sou importante…" "eu sou… etc., etc.,
etc."
“Eu que escolhi a cada um de vós!”
Fabiano
Camara Bensi
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