domingo, 10 de julho de 2011

Refletindo o Evangelho de Domingo


XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM – 17/07/2011

A Liturgia desta semana nos apresenta três Parábolas: “O joio”, com sua explicação, “O grão de mostarda” e a do “O fermento”.
Jesus Cristo nos fala, portanto, de outro tipo de  semente e outro tipo de "campo". A "Boa Semente" na parábola do "joio", não é a Palavra de Deus, mas o que Ela produz e…: "O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino. O joio são os filhos do maligno".(V.38)
A semente do mal é sempre semeada em terra boa e em boas condições. É muito importante notar que Jesus Cristo se utiliza novamente de meios comuns ao povo naquele momento, mas fica perfeitamente compreensível para todos nós. Esta explicação é dada pelo próprio Jesus Cristo, sendo, portanto, inquestionável.
Antes, porém, desta explicação, há um questionamento feito por alguém do meio do povo: "Queres que vamos e o arranquemos? A resposta é incisiva e direta: "Não disse Ele — arrancando o joio arriscais tirar também o trigo. Deixai-os crescer juntos… " (V.28b­-30a)
Jesus Cristo sabe que para nós é impossível evitar as tentações do maligno, que um de seus modos de agir é pela sutileza da imitação. Nós, no entanto, devemos agir com cuidado e prudência na garantia de que… este "acerto" será feito por Ele: "No tempo da colheita, direi aos ceifadores: Arrancai primeiro o joio… Recolhei depois o trigo no meu celeiro."(V.30b)
O "Bem" e o "mal" sempre se opuseram, e por mais incrível que pareça, caminham sempre juntos, exatamente pala astúcia que o "mal" utiliza para imitar o "Bem". Isso não era novidade para aquele povo, não é para nós e nunca será novidade para ninguém.
Creio ser por isso que Jesus Cristo logo em seguida propõe outras duas Parábolas,
"O grão de mostarda" e "O fermento":
·   grão de mostarda; Jesus Cristo fala a camponeses, referindo-se à menor de todas as "sementes" que eles conheciam, mas que quando cresce, torna-se uma árvore capaz de dar abrigo a todos pássaros. Ele está se referindo à Sua Igreja que, apesar de um começo humilde, conseguiria um esplêndido crescimento:
·   "… os pássaros (ou as aves) que vêm aninhar-se em seu ramos"(V.32b), simbolizam as pessoas das diversas classes que buscam apoio, solidariedade na Sua Igreja e encontram abrigo.
·   "O fermento". O homem e a mulher, transformados pela Palavra de Deus, têm a tendência natural e o desejo de  influenciar o meio em que vivem, fazendo-o sempre crescer para o Bem!
O Reino de Deus, portanto, que começa com “pequenas sementes” e todo esse “negócio de Igreja”, que muita gente quase não dá importância, torna-se no fim “Fermento na massa”, algo espantoso: multidões acorrem a ela e por Jesus Cristo são acolhidos e conquistados, vivendo do mesmo perdão e amor conquistado por Ele na cruz.
"Sede fermento do Bem e fazei crescer a massa!"

Fabiano Camâra Benzi

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