terça-feira, 12 de junho de 2012

Refletindo o Evangelho de Domingo

XI Domingo do Tempo Comum – 17/06/2012
“O reino de Deus é como o grão de mostarda…” (Mc 4,31a).

Neste período, chamado Tempo Comum, a Liturgia volta a nos apresentar fatos, acontecimentos e episódios ligados ao Ministério Público ou à Vida Pública de Jesus Cristo, procurando mostrar de uma forma clara, a pedagogia utilizada por Ele na formação dos Discípulos.

Ao falar da semente de mostarda para a multidão, Jesus Cristo fala de coisas pequenas, contudo, coisas pequenas agora não são pequenas eternamente, há sempre uma potencialidade insuspeitada que levam a um crescimento fantástico.
Seria possível, por exemplo, à luz duma semente quase invisível, prever uma hortaliça grande que chega para aninhar passarinhos?

A semente, enquanto semente, nada nos diz, posta na terra, porém, que maravilha! Em pouco tempo, a terra nua cobre sua vergonha com flores e folhas, quando não frutos.

Sendo assim, por que um crucificado não podia tornar-se o centro da atenção mundial? Não todos os crucificados, naturalmente, mas apenas um.

O reino de Deus, portanto, que começa com esse Crucificado pregando amor, perdão e todo esse negócio de religião a que muita gente quase não dá importância, torna-se no fim algo espantoso: multidões acorrem a ele e por ele são conquistados vivendo desse mesmo perdão e amor repartido pelo homem da cruz.

Jesus Cristo está fazendo uma comparação com o Reino dos Céus que, aqui, vem comparado a um homem “que joga a semente na terra” e se vai, a terra (garante Jesus Cristo) a faz germinar e crescer por si mesma, “sem que ele saiba como”.

Assim, o Reino de Deus, mesmo que o homem não o queira, os desígnios de Deus se cumprirão “de dia e de noite” e as sementes de sua graça germinarão e crescerão infalivelmente.

O que o batizado representa, dentro do Reino dos Céus e dos projetos de Deus?

Somos chamados, na verdade, para testemunhar o Reino, pregar o Evangelho, mas, tudo é de Deus que, em seus misteriosos desígnios, joga a semente em todos os campos, dentro e fora de nossas igrejas.

Isto leva a nós, cristãos, a interrogar-nos sobre o como de nosso trabalho missionário e, principalmente, sobre nossas atitudes interiores ao pregarmos e testemunharmos o Evangelho de Jesus Cristo.

Como o fazemos?

O que nos motiva?

Será a beleza da mensagem, a fecundidade da graça, o sangue do nosso Redentor?

Ou será que nossas vaidades, nossa soberba, nossas preocupações estreitamente religiosas?

Jesus Cristo diz que o que importa essencialmente é a Palavra, a Semente de Deus. Nesse caso, o nosso trabalho é importante, mas sempre secundário.

“Fazei germinar o Amor.”

                                                                   Fabiano Camara Bensi

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