domingo, 18 de março de 2012

Refletindo o Evangelho de Domingo


V Domingo da Quaresma – 25/03/2012

“…e rogavam-lhe: Senhor, queremos ver Jesus.”(Jo. 12,21b)

Este foi o desejo de alguns   gregos que estavam em Jerusalém, “… queremos ver Jesus”. Certamente tomaram essa atitude porque tinham certeza de estar diante daquele que mudaria, definitivamente, o conceito de religião.Os gregos não eram simples pagãos ou alguns daqueles que se aproximavam de Jesus Cristo para perseguir ou fazer questionamentos maliciosos; estavam entre muitos: “Havia alguns gregos entre os que subiram para adorar durante a festa.” (V.20)
O que eles, com certeza, não imaginavam, e muitas vezes nós também não imaginamos, é o que representa “estar diante de Jesus Cristo”, que desafio isto significa! Aliás, um duplo desafio.
1º - Primeiro, de nos colocarmos, nós mesmos, face a face com Ele, sem máscaras, olhos nos Seus olhos, fixar a Sua Imagem em nossa retina e guardar o sentimento desse momento, no nosso frágil coração.
2º - Segundo, com todo nosso ser; pensar, falar, sentir e agir, não sermos muro, mas janela para o que Ele tema a nos falar.
Lendo Jo 12,20-33, o Evangelho do 5º Domingo da Quaresma, a princípio, podemos pensar que Jesus Cristo não responde “coisa com coisa”, dá uma resposta que “não tem nada a ver!”
Olhando um trigal que se agita ao sopro do mais suave vento e se ondula com a suave brisa leve, dificilmente podia-se imaginar que, diante de todo aquele festival de “dourados” e “riquezas”, também pudesse representar um grande “sacrifício”: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, ficará só”.
Jesus Cristo utiliza-se do mais simples e belo, para falar do mais profundo e difícil de entender. É com essa postura humilde que Jesus Cristo se coloca diante dos gregos ansiosos por vê-lo. Coloca-se, não como alguém que está seguro na sua cápsula de orgulho e soberba, mas como o Filho de Deus, passando pela renúncia voluntária da própria divindade, pronto a permitir que Ele próprio, O “Grão de trigo” de Deus, tenha a casca totalmente estraçalhada, pronto a se desfazer, assim, dá própria vida em favor de muitos.
“... mas se morrer, produzirá muito fruto”. Creio que Suas Palavras causaram e ainda causam, inquietação e suspense; Ele trouxe e traz à luz, humanamente falando, uma realidade explosiva e contraditória.
Mas, que realidade é essa?
O “odiar sua vida” não significa destruí-la, mas reconhecer valores que podem exercer um direcionamento contrário às inclinações naturais do ser humano, o arrependimento e a Fé. São esses, os valores.
O arrependimento implica a negação de toda a vida egoísta e egocêntrica; e a , a aceitação do Deus que, em Perdão e Amor abre horizontes que jamais se fecham no “círculo” do eu, mas sempre se expandem na “terra” do mais um.

“Pois… é  morrendo que se vive para a vida eterna!”


Fabiano Camara Bensi

Um comentário:

  1. Sou visitante assídua deste site. Envio meus parabens aos memmbros desta Paróquia por partilharem o Evangelho entre tantas outras coisa boas. Sou da Paraíba.

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