Contos de Ceinha...

Ser Bela dá Trabalho!

Conto Engraçado / coisas de Ceinha.

Caros Amigos, gosto muito de escrever e principalmente sobre as minhas aventuras pessoais, desde criança sempre fui muito vaidosa, mais não tinha um tostão para comprar nada, e pelos maus dos pecados quem tinha o pior cabelo na minha casa era eu, e por isso eu tinha uma tristeza muito grande, porque apesar de ter a pele mais clara que meus irmãos, meu cabelo era completamente sarará, isso me deixava triste porque as crianças quando queriam mexer comigo me chamavam de “cabelo de fogo” e isso desenvolveu em mim um gosto pela arrumação dos meus cabelos. Um dia ainda criança para que parasse o apelido pintei meus cabelos de preto; quando me olhei no espelho parecia uma assombração, pois a minha pele fazia contraste com a cor, e fiquei hilária procurando ajeitar esse cabelinho terrível. Acostumei mantê-lo sempre com bob, igual a D. Florinda do Chaves, e a resposta sempre era boa, com isto aprendi a mantê-lo a meu gosto, e aprendi também conhecer ervas, banhos e todo produto que fizesse o cabelo ficar bonito. Eu era cobaia de mim mesma, pois se dissessem assim: lava com lama, com cimento, com água de feijão, etc.. Eu lavava, porém o mais interessante foi quando um dia cozinhando beterraba olhei aquela água tão bonita e pensei assim: se é boa pro sangue deve ser boa para o cabelo, então tomei meu banho e no último enxágüe do cabelo para que a água se fixasse usei aquela água tão bonita e colorida. Penteei o cabelo e fui toda prosa pra missa com uma bela blusa branca, vocês não podem imaginar o que aconteceu: começou a chover e eu a correr da chuva e escorrendo na testa o caldo da beterraba, acabei me divertindo e dizia pra mim mesma: só podia ser a céia, mais não foi só essa experiência; Em frente a minha casa tinha um lindo pé de insulina e eu pensei com meus botões deve ser bom para o cabelo, era dia de reunião da RCC, tomei meu banho e antes já havia cozinhado um balde de folhas de insulina e ao enxaguar a cabeça aquele liquido começou a escorrer pelo meu rosto que ficou todo vermelho, endoidei, fiquei agoniada porque não podia pedir socorro a ninguém, corri pra trás da casa e botei a cabeça no tanque debaixo da torneira e deixei cair bastante água fria até que parasse o pico. Fora essas aventuras, as coisas que dão certo são: banho de couve, alfavacão, salsa e alecrim. Fora isso ri muito do dia que fiz uma troca de um violão que não tocava em uma prancha que não surfava, mas falarei disso em outro dia.

Adilcéa Guimarães de Souza.