“Políticas familiares” e “Educação para o amor” são temas das palestras da tarde do 1º Simpósio Nacional da Família
Na continuidade do 1º Simpósio Nacional da Família, que acontece no auditório do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida (SP), a mesa de palestrantes foi mediada pelo casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Raimundo “Tico” Veloso e Vera Lúcia Veloso, e contou também com a participação do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, dom João Carlos Petrini.
Os palestrantes dessa tarde foram o bispo auxiliar de São Paulo (SP), dom Joaquim Justino Carreira, que falou sobre “Família e políticas familiares”, e a assistente social, terapeuta familiar, especialista em gerontologia, psicologia transpessoal e orientação familiar, Cleusa Thewes, que abordou o tema “Família e afetividade: educar para o amor”.
Segundo dom Joaquim Justino, baseado na Familiaris Consortio, disse que “a família, nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que outras instituições, têm sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. Muitas famílias vivem esta situação na fidelidade àqueles valores que constituem o fundamento do instituto familiar. Outras se tornam incertas e perdidas frente a seus deveres, ou, ainda mais, duvidosas e quase esquecidas do significado último e da verdade da vida conjugal e familiar. Outras, por fim, estão impedidas por variar situações de injustiça de realizarem os seus direitos fundamentais. Então, a Pastoral Familiar, com seus três setores: Pré-matrimonial, Pós-matrimonial e Situações Especiais deve acolher todas as famílias, não importando a sua situação, e anunciar, ajudar e prosseguir o Projeto de Deus sobre a família”.
Ainda de acordo com dom Joaquim, o fundamento das políticas familiares deve conter o reconhecimento da família como “titular de direitos e deveres enquanto família e sujeito social, enquanto ator responsável no plano público, protagonista de sua vida. E os projetos das políticas públicas familiares devem reconhecer, melhorar e fortalecer a rede de bens familiares: relações conjugais, transmissão de vida, sucessão de gerações, maternidade, paternidade, filiação, relações de parentesco, afeto, apoio mútuo, projeção e outros bens essenciais que só a família, como um todo, pode pronunciar. Exercendo o papel de subsidiária da função familiar e nunca substituindo o papel da família em suas tarefas e responsabilidades. Só assim se quebrará o ciclo vicioso da pobreza”, explicou.
A doutora Cleusa Thewes, que falou sobre “a educação para o amor”. “A família como instituição situa-se na aldeia global absorvendo mudanças políticas, religiosas e culturais. O contexto é desafiador. Urge educar, alfabetizar o coração dos filhos no amor. Pais debrucemo-nos na janela do mundo, identificando ideologias e sentimentos dominantes não saudáveis, influenciando filhos, colocando em risco futuras gerações”, disse.
“A família, embora na turbulência, vem se mantendo. Estudiosos das diversas áreas verificam que tal instituição, mesmo afetada por mudanças socioculturais, éticas e religiosas, reage aos condicionamentos e, ao mesmo tempo, adapta-se a eles, encontrando novas formas de organização que, de algum modo, a reconstituem”, disse Celusa, citando a fala de dom Petrini.
fonte: CNBB
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