A riqueza cultural e religiosa da Festa do Divino
Manifestações nas ruas, igrejas e Cais de Santa Luzia com espetaculares shows de Ângela Maria, Ciranda Elétrica de Paraty e Rancho Folclórico.
A Festa do Divino Espírito Santo, é uma emocionante manifestação religiosa e cultural de Angra dos Reis, principalmente para aqueles que a vivem em plenitude, participando das novenas, da procissão, da Missa do Amanhecer (às 5h), e acompanhando a chegada do Menino Imperador, passeatas, das danças,enfim de toda programação da festa, que acontece durante 10 dias, após o Pentecostes (50 dias após a Páscoa).
Neste ano, a festa culmina nos dias 10, 11 e 12, com muita religiosidade, em homenagem ao Sagrado Espírito Santo. As ruas do Centro da cidade, assim como as janelas dos prédios municipais e moradias do Centro, estão enfeitadas com bandeiras vermelhas com os símbolos do Divino (pomba branca) anunciando que a festa já começou.
A festa tem como tema “Celebrando os dons do Espírito Santo em comunidade” e começou oficialmente na noite de sexta-feira, dia 3, com uma emocionante celebração realizada na Igreja Matriz pelo Frei Fernando, às 19h30. Estiveram presentes o prefeito Tuca Jordão, a primeira-dama Alessandra, o presidente da Cultuar, Paulo Mattos, com a participação do Menino Imperador Octacílio Telles Neto e sua família, acompanhado do grupo que representará o seu séquito na festa. .
Durante a celebração, foram entregues as novas bandeiras do Divino para as comunidades e os pais do Menino Imperador, que são os festeiros, Wilson Telles e Mariana Telles.
Programação
De 10 a 12 de junho, passeatas, missas, procissão e shows
Na manhã do dia 10, sexta-feira a festa se inicia com toda a parte cultural:alvorada festiva, café comunitário, chegada de barco do Menino Imperador ao Cais de Santa Luzia com recepção feita pelo prefeito, banda de música, espocar de fogos, autoridades, população; grupos de danças da festa (Coquinhos, Jardineiras, Lanceiros, Velhos e Marujos); representantes da paróquia, folias do Divino; e figuras folclóricas como a vaca malhada, burrinha e o bate - moleque.
Em seguida forma-se uma grande passeata, que dá um colorido especial às ruas do Centro. A população aplaude o cortejo, todo ritmado com os sons da banda, das folias e dos coquinhos que as crianças, que representam os filhos dos escravizados, batem nas mãos, por todo o percurso. No caminho, o Menino Imperador passa pela delegacia e solta um preso, que será representado por um ator da cidade, e segue até o pátio do Convento do Carmo, onde acontece o almoço comunitário.
E aí começa uma verdadeira maratona para o Menino Imperador e os grupos de dança que o acompanham na festa. Dali sai em passeata até a casa do Imperador, onde ele repousará até a missa da coroação, que acontece às 19h30, na igreja Matriz. Após a missa seguem em passeata até o império, um grande tablado montado no Cais de Santa Luzia, todo enfeitado nas cores da festa, onde acontecem as danças típicas: Coquinhos ( filhos de escravizados africanos representados por meninos e meninas), Jardineiras ( floristas dos Açores com coreografia feita por jovens floristas, moças e rapazes que homenageiam o imperador), Lanceiros
( guardas que protegem o Imperador), Marujos ( marinheiros da comitiva real), e os Velhos
( mascarados que dançam representando velhos escravizados africanos).
Na noite de sexta-feira após as danças, a o público assistirá o show da Ciranda Elétrica de Paraty. No sábado a festa continua à tarde com o encontro do Menino Imperador com as crianças da catequese, na igreja Matriz; visita do Menino Imperador ao Asilo São Vicente de Paula; à noite acontece mais uma missa na Matriz, passeata até o império onde acontecerão mais apresentação das danças típicas e grande show de música e dança portuguesa com o Grupo Rancho Folclórico da Casa do Moinho.
Na manhã de domingo, dia 12, último dia da festa, acontece às 5h da matina o Encontro do Amanhecer no Espírito Santo com a participação das comunidades saindo do Carmo até chegar na Matriz, para missa e logo após o café comunitário. Ainda na Matriz missa solene 10h, com distribuição de lembrancinhas, pães bentos e corte de bolo. Às 17h saída da procissão pelas ruas da cidade. Durante a noite apresentação das danças típicas, queima do quadro “Glória” e grande show da cantora Ângela Maria, encerrando a festa.
Origem da Festa do Divino
Segundo dados históricos, a festa é de origem portuguesa, do século XIV, realizada pela primeira vez pela rainha Santa Isabel, em Alenquer, para simbolizar a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus, conforme o Novo Testamento. A festa era comemorada com grandes banquetes para o povo e foi trazida para o Brasil, onde é realizada em todas as regiões.
Em Angra, segundo dados históricos, vem sendo realizada desce o século XVIII, com manifestações portuguesas e africanas bem presentes em toda sua evolução. Mas foi em na década de 1980, pelo então prefeito João Luiz Gibrail Rocha, que a festa ganhou força e até hoje vem sendo realizada. O desafio, é que a cada ano que passa, mais comunidades se unam na organização dos festejos, para que o evento cresça e continue a desempenhar seu papel histórico e cultural na cidade.
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