XXI Domingo do Tempo Comum - (Jo 6, 60-69)

O Evangelho deste domingo nos faz refletir sobre o desafio de seguir Jesus, O Cristo. Muitas pessoas se dizem cristãs, no entanto, suas ações não correspondem com a prática de Jesus Cristo.

No início de sua missão Jesus atrai multidões. Aos poucos, quando Ele fala da necessidade de aderir ao projeto do Pai, muitas pessoas da multidão se afastam D’Ele. Mas Jesus não muda o discurso quando a mensagem não agrada. Ele fala para revelar o Pai e não para agradar a quem quer se seja. Assume o risco de ficar sozinho, mas não faz aliança com pessoas que não se comprometem com o projeto do Pai.

Os discípulos rejeitam Jesus - João 6, 59-66

Em seu discurso Jesus se apresentou como um alimento que sacia a fome e a sede de todos aqueles e aquelas que buscam a Deus. A mesma privação por que passou o povo no deserto (Ex 16 e 17), quando faltaram comida e água. Diante da provação o povo caiu na tentação, duvidando da presença de Deus caminhando com eles.

Nesta mesma tentação caem os membros da comunidade do Discípulo Amado, duvidando da presença de Jesus na partilha do pão. Diante das palavras de Jesus "comer minha carne e beber o meu sangue", muitos da comunidade rejeitaram Jesus, murmurando igual ao povo do deserto (Jo 6,60). Eles tomam a decisão de romper com Jesus e com a comunidade, "voltando atrás e não andavam mais com ele" (Jo 6,66).

 A profissão de fé de Pedro - João 6,67-69

Diante da crise provocada por suas palavras e seus gestos, Jesus se volta para seus amigos e amigas mais íntimos, aqui representados pelos doze, e lhes pergunta se também o abandonarão (Jo 6,67). Pedro toma a palavra em nome do grupo e professa sua fé no Pão partilhado e na Palavra anunciada. Jesus é a Palavra e o Pão que saciam o novo povo de Deus (Dt 8,3).

Assim sendo, a partir desse texto, fica uma reflexão para nós:

“Não basta ter fé em Jesus. É preciso ter a mesma fé de Jesus”.

Ter fé em Jesus, significa realizar as mesmas ações que Ele realizou.  

Fraterno abraço. Frei Fernando.