XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM – 28/08/2011
“Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me”. (Mt. 16,24)
Esta exigência está contida no trecho do Evangelho, Mt. 16,21-27 e podemos entendê-la como um conjunto
de condições que são essenciais, e até fundamentais, para todos aqueles que
quiserem seguí-lo.
“Se alguém”… Ele não obriga,
mas faz uma proposta. É para todos que têm, ou queiram ter, como projeto
de vida: viver, seguir e praticar as verdades do
Evangelho.
“…
quiser vir após mim”. Também não
obriga, dá liberdade, assim como O Pai nos dá, nos deixando livres para
tomar a decisão.
Se
a frase terminasse aí, poderíamos dizer que Jesus Cristo não exige nada
de nós, porém, para este: “… quiser vir,” tem uma condição, uma
exigência que não é comum.
Quando
chamamos alguém para nos ajudar ou ir conosco a algum lugar, nós contamos com
alguma qualidade ou qualidades, daquela pessoa a quem chamamos. Não é verdade?
Mas,
Jesus Cristo, muito pelo contrário, nos pede: “… renegue-se a si mesmo”, ou
seja, que renunciemos a tudo que é nosso, nossos defeitos, nossas qualidades,
nossos auto-conhecimentos, nossa prepotência, enfim, Renunciar, mesmo!
Com
certeza, está nos planos de Jesus Cristo fazer de cada um de nós
novas criaturas; fazer novo todo o nosso ser, nosso pensar, nosso
sentir, nosso agir… nosso viver. Por
isso, não nos pede que deixemos as nossas dores, nossas preocupações, nossas
limitações, nossos traumas, nossos complexos e nem os nossos sentimentos de
indignidade.
Ele
nos diz: “…tome a cada dia a sua cruz”. Por que? Ele nos
conhece por dentro. Além disso, sabe e conhece qual é “a cruz” de
cada um de nós; não há necessidade de mostrar, nem de esconder nada.
O
que nos falta para atender o pedido de Jesus Cristo?”… E siga-me”?
A insegurança, o sentimento de incompetência, a vergonha? Ou, o medo da dependência?
Sim,
muitas pessoas têm este medo, medo de ficar dependente de Deus.
Que
maravilha seria se toda a humanidade se tornasse dependente de Deus!
Todas as nossas, ações e atitudes seriam antes, levadas à submissão dEle.
Só
assim teríamos um mundo cheio de sua Glória, um mundo cheio de Paz,
onde todos seriam transformados pela misericórdia de Jesus Cristo, Ungidos e
conduzidos pelo Santo Espírito, quando todos se amariam de verdade.
Seria
exterminado do mundo, todo qualquer tipo de iniqüidade, seria o mundo sonhado
por Deus.
São
Paulo nos exorta: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos
pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade
de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.” (Rm.12,2)
“Eu vos escolhi, não temais!”
Fabiano Camara Bensi
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