ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
– 21/08/2011
“Bendita és tu entre as mulheres…” (Lc.01,42a).
Festa da Assunção de Nossa Senhora. Logo após ter assumido ser a Mãe de Jesus
Cristo por vontade de Deus e concebido por obra do Espírito Santo,
Maria foi movida a servir pelo mesmo Espírito Santo.
A visita à sua prima Isabel é uma demonstração clara
do poder de Deus. Veja, Maria apenas havia saudado a Isabel e a criança
estremeceu no seu ventre: “e Isabel ficou cheia do Espírito Santo”.(V.41)
Temos, muitas vezes, dificuldades em crer que, como
batizados, somos templos do Santo Espírito de Deus, e que somos também
capazes de ser servos e instrumentos em favor de nossos irmãos e irmãs que
tanto precisam de uma presença amiga, uma palavra de carinho e uma demonstração
visível de que Deus é Amor.
Quanta alegria saber que um dia existiu uma pessoa que
tinha tudo para se sentir a mais importante de todas as criaturas, mas abdicou
dessa possibilidade em favor do projeto de Deus, dando-nos uma lição de
humildade.
Claro! Estamos falando de Maria, Mãe de Jesus
Cristo. Nós, católicos, somos muito questionados e até criticados por amar
tanto Maria. Este nosso gesto de amor, esta nossa atitude, não nos é
possível explicar simplesmente com palavras… talvez buscando na própria “Palavra”,
possamos exprimir nosso sentimento!
Quando rezamos a "Ave Maria" estamos
na realidade exaltando o Senhorio de Jesus Cristo, com as palavras
de Isabel, "... bendita és tu entre as mulheres, bendito é o fruto de
teu ventre". Jesus Cristo que é o Penhor da Glória,
a garantia da nossa salvação. "... Donde me vem esta honra de vir a mim
a mãe do meu Senhor?"(V.43)
Maria não
esboça nem um pouco de preocupação consigo mesma, diante da maravilhosa obra de
Deus realizada nela e através dela. Ela nem ao menos se preocupa, nem se
lembra das possíveis conversas ou murmúrios, que porventura surgissem a seu
respeito.
Em Lc. 1, 39-56, encontramos uma aula de submissão,
serviço e gratidão: além do encontro com Isabel, encontramos também o Magnificat,
ou O Cântico de Maria. Neste cântico, percebemos o transbordamento de
seu espírito em adoração e louvor a Deus.
No Magnificat encontramos o verdadeiro
gozo em Deus e o reconhecimento de sua Graça, a compreensão da Bem-aventurança
de ser o instrumento para atender a vontade Divina, o reconhecimento do Poder,
Bondade, a Misericórdia de Deus e, sobretudo o cumprimento
de várias profecias. Uma destas encontramos no livro do Profeta Isaías: “Por
isto, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um
filho e o chamará Deus conosco”. (Is. 7,14)
Vamos, portanto, entrar em intimidade com Deus através
da Oração e pedir este Dom de servir com gratuidade, aprender como
Maria, a dizer: “SIM!” A sermos servos e instrumentos nas mãos do Senhor
da Vida.
“… porque a Deus Pai nenhuma coisa é
impossível!”
Fabiano Camara Bensi
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