XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM – 25/09/2011
“Que vos parece?” (Mt. 21,28a)
Enquanto Jesus Cristo
ensinava no Templo, os príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo o
questionaram quanto à sua autoridade, perguntando: “Com que direito fazes isto? Quem te deu esta autoridade?” Ele então lhes respondeu com outra
pergunta: “Donde procedia o batismo de João: do céu ou dos homens?” Após
alguns questionamentos pessoais: Responderam
a Jesus: ‘Não sabemos.’Pois, tampouco vos digo, com que direito
faço estas coisas. Respondeu Jesus
Cristo.” ( Cf. Mt. 20, 23-27 )
Jesus
Cristo, então, propõe a Parábola dos dois filhos, Mt. 21,28-32.
Inicia com uma pequena pergunta: “Que vos parece?” E continua: “Um
homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: ‘Meu filho, vai
trabalhar hoje na vinha.’ Respondeu ele: ’Não quero.’ Mas em seguida, tocado de
arrependimento, foi. Dirigindo-se ao outro, disse-lhe a mesma coisa. O filho
respondeu. ‘Sim, pai!’ Mas não foi. Qual fez a vontade do pai? — “O primeiro”, responderam-lhe. (V.
28-31a)
Este trecho do Evangelho é de fácil dedução e de difícil
compreensão, aliás, quando Jesus Cristo
se dirigia aos doutores da Lei, aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos Ele utilizava palavras ou frases,
sempre numa relação de semelhança subentendida entre o sentido próprio e o
figurado, quase sempre com a intenção de confundi-los. E a resposta dada por
eles, era tudo que Jesus Cristo
queria ouvir e disse-lhes: “Em verdade vos digo, os publicanos e as
meretrizes vos precedem no reino de Deus!”(V.31b)
Quando Jesus
Cristo propõe esta Parábola tem
na verdade a intenção de mostrar aos príncipes dos sacerdotes, aos anciãos e a
nós, a diferença entre “obediência” e “conveniência”. Na
realidade os dois filhos erraram, foram desobedientes, o primeiro, no entanto,
demonstrou “arrependimento” e atendeu o pedido do pai, o segundo, porém tomou
uma atitude “hipócrita”, (mentirosa
e falsa) prometeu e não cumpriu.
O que Jesus
Cristo quer mostrar é que este segundo filho representa os fariseus e
também a eles próprios, os príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo que
se diziam justos, mas que na realidade não eram.
Hoje também nós, muitas das vezes, vivemos um “cristianismo”
de “conveniência”
e não de “obediência” só fazemos aquilo que nos convêm; no momento da “renúncia”
para optar pelas causas do Reino tomamos
atitudes “hipócritas” somos os
verdadeiros “Sepulcros caiados”, belos na aparência, mas “podres e vazios” por dentro. São Paulo
nos fala de um modelo de Filho e de
obediência: ”E sendo exteriormente reconhecido
como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte e morte
de cruz.”( Fl. 2,8)
“A
obediência é o primeiro passo para a santidade.”
Fabiano Camara Bensi
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