XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM – 11/09/2011
“Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão,
quando ele pecar contra mim?” (Mt.18,21a)
São Mateus nos apresenta a última das chamadas “Parábolas do Reino”, a “Parábola
do servo cruel”, bem como a conclusão das pregações feitas por Jesus Cristo no seu Ministério na região da Galiléia, Mt. 18,21-35.
Após ter dado vários ensinos, orientações, instruções
e exemplos para o povo e direcionando quase que diretamente aos Discípulos, Jesus Cristo é surpreendido com uma
pergunta, quando Pedro toma a palavra e diz: “Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar
contra mim? Até sete vezes? Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.”(V.
21-22)
Jesus Cristo então conta mais uma Parábola, só que começa de uma maneira diferente, não mais dizendo:
“O
Reino dos céus é semelhante… etc.”,
mas começa de uma maneira conclusiva: “Por isso, o reino dos céus é comparado a um
rei que quis ajustar contas com seus servos. Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe
um que lhe devia dez mil talentos.” (V.23-24) (“10.000 talentos: equivalem, ao pé da letra,
a uns 350.000 Kg.
(350 toneladas) de ouro ou prata! Esta
expressão indica uma fortuna imperial, quase incalculável, para significar o
quanto devemos a Deus.”
(Cf. nota Bíblia Ave-Maria )
Por isso, pertencemos a Deus por um
preço muito alto, pela Morte de Jesus Cristo, “que morreu e
voltou à vida para ser o Senhor, tanto dos mortos como dos vivos”(Rm
14,9). Portanto, já não nos pertencemos, pois fomos comprados por altíssimo preço.
Na “Parábola do servo cruel”, Jesus Cristo nos
mostra como Deus, mesmo sendo Senhor, é
compassivo, tolerante e misericordioso. Nós, ao contrário, na maioria das
vezes, somos intransigentes, intolerantes e não somos compassivos. Mostra-nos
também que o mal que fazemos ao nosso irmão é a Deus que fazemos.
Assim, como o “Servo
cruel”, não nos damos conta que o bem que o Senhor nos faz, deveria produzir em nós uma atitude correspondente
à Sua Infinita Bondade; e quando um
irmão ou irmã erra contra nós, esse erro pode ser uma fragilidade do nosso
próximo — e até nossa. Temos aí uma grande oportunidade de experimentar o doce
sabor da Bondade de Deus.
Como podemos aprender com essa Parábola! É só
lembrar de um dos pedidos que fazemos ao Senhor
na Oração do Pai-Nosso! “Perdoai
as nossas ofensas…” e lembrar também do compromisso que assumimos
simultaneamente, com o Senhor: “Assim como nós perdoamos a quem nos tenha
ofendido.”
Todos — mas, todos nós mesmo! — temos uma dívida incalculável
com Deus. Fazemos questão das
pequenas ofensas que nos fazem e esquecemos das nossas enormes ofensas contra Ele.
“Perdoe,
de todo o seu coração!”
Fabiano Camara Bensi
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