XXV Domingo do Tempo Comum – 18/09/2011
“… os últimos serão os primeiros e os
primeiros serão os últimos.” (Mt. 20,
16a)
No trecho do Evangelho
escrito por São Mateus, Mt. 20,1-16a, Jesus
Cristo nos fala da recompensa que teremos se vivermos a serviço do Reino. Teremos a oportunidade de aprender com muita clareza, a distinção entre
duas recompensas, pela “justiça” e pela Graça.
Vamos voltar um pouco, ao Capítulo 19,27, quando Pedro
pergunta: “Eis que deixamos tudo para te
seguir. Que haverá então para nós?”
Em outras palavras: “Que teremos nós, Senhor?”
Jesus Cristo dá uma declaração comprometendo-se com a recompensa, porém termina
dizendo: ”Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão
os primeiros.”
Certamente, percebendo que no coração de Pedro ainda
havia dúvida, decidiu contar uma história de um pai de família e proprietário
de uma vinha.
Começa dizendo que ao sair à procura de operários para
a sua vinha, o pai de família acertou com os primeiros um salário a ser pago
pelo trabalho. Com os últimos não, mas: “ ao cair da tarde, o senhor da vinha
disse a seu feitor: ‘chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos
até os primeiros.” (V.8)
Ao perceberem que os valores pagos eram iguais para
todos, os operários que foram contratados primeiro começam a se queixar
dizendo: “Os últimos só trabalharam uma
hora… e deste-lhes tanto quanto a nós, que suportamos o peso do dia e do
calor.” (V.12)
É interessante observar que os operários não
reclamaram que: “os últimos a serem
chamados foram os primeiros escolhidos para receber a recompensa” e nem que: “os últimos estavam recebendo muito”. Reclamaram, no entanto, do “reconhecimento”, ou melhor, que o valor da recompensa
deles, deveria ser maior do que aquela que foi combinada.
Começa aí a razão da resposta que Jesus Cristo dá para Pedro
no final do Capítulo anterior e a lição que Ele deixa para nós, quando expressa a reação do Senhor da Vinha: “Meu amigo, não te faço injustiça.
Não contrataste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a
este último tanto quanto a ti. Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que
me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom?” (V.13b-15)
Não somos nós que
nos oferecemos para trabalhar na Vinha
do Senhor… somos chamados.
A recompensa
humana é pela justiça humana e a Recompensa Divina é pela Graça, não
recebemos o que merecemos pela justiça…
somos recompensados pela Graça.
Portanto, quando Pedro
pergunta: “O que teremos nós?” A
resposta de Jesus Cristo é simples: “O
que é teu!” No trabalho na Messe
do Senhor, não deveremos esperar o “muito” que merecemos pela justiça humana, mas sim o “tudo” que temos, pela Graça.
“Muitos
serão chamados, mas poucos os escolhidos.”
Fabiano Camara Bensi
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