Depende de nós/
Que o circo esteja armado
Que o palhaço esteja engraçado/ Que o riso esteja no ar
Sem que a gente precise sonhar/ Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos/ Que o sol descortine mais as manhãs
Que o palhaço esteja engraçado/ Que o riso esteja no ar
Sem que a gente precise sonhar/ Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos/ Que o sol descortine mais as manhãs
Depende de nós/
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito/ Se a vida sobreviverá
Apesar do que o homem tem feito/ Se a vida sobreviverá
(Ivan Lins)
Creio que muito pode acontecer e até estou torcendo para que algumas coisas acabem. Gostaria de ver, talvez humildemente até propor, um fim do mundo personalizado. Sim, porque hoje podemos personalizar tudo e isso é muito bom, mas acabamos confundindo personalizar com individualizar e alimentar o ego excessivamente.
A minha humilde proposta é acabar com o mundo, mas cada um e cada uma deve fazer a sua parte. E, para aqueles que já pensam em amarrar explosivos ao redor do corpo, é melhor esquecer, minha proposta é bem mais desafiadora.
Cada um de nós deve examinar bem o seu mundinho. Observar com muito cuidado aquilo que tem de menos edificante. É importante dar início a esse fim acabando com algumas coisas chatas que temos dentro de nós, como por exemplo o mundo do egoísmo, da arrogância, da inveja, do ódio, do pessimismo, da tristeza e tantos outros que não ajudam a caminharmos adiante, que não são saudáveis para nossa vida aqui nesta terra.
O segundo passo para este apocalipse personalizado é torná-lo social, ou seja, é hora de partir para fora de si. Nessa etapa, o objetivo é terminar com os mundos da fome, da injustiça, dos acúmulos de riqueza, das grandes propriedades de terra, afinal, Deus deu a terra para todos e não apenas para uns poucos que sequer colocam as mãos na enxada, mas mesmo assim alegam ter o direito de ter suas extensas áreas, pois foi com o “suor do rosto“ que a conseguiram.
Para quem está se arrepiando com estas palavras, discordando profundamente, pergunto: de que vale tudo isso quando a vida se esgotar de seu corpo material?
É preciso acabar com o mundo sim, mas acabar com esses mundos de coisas erradas. É hora de transformar, de pensar em quem está ao seu lado, de cuidar, de abraçar sem medo e sem malícia, de gostar e de amar sem abusar. É hora de cultivar o sentimento mais puro de gratidão, de carinho, de retribuição, de partilha.
Faço uma nova pergunta: o que ganhamos não praticando tudo que há de melhor? O que ganhamos não praticando o que o mestre Jesus nos ensinou?
Acredito que algo vai acontecer sim. Acredito em você, acredito em mim, acredito na humanidade que, de algum jeito ou de outro, vai aprender, trilhando o caminho do amor ou da dor. Aí está nossa liberdade, nosso poder de escolher. Pois, e agora? Como você vai acabar com o mundo?
Um grande, carinhoso e fraterno abraço
a cada um de vocês!
Lucas Rinaldini
Historiador, Biblista, esperançoso,
utópico e muito feliz assim
(Birigui, CEBI São Paulo Interior)
Fonte: http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=8¬iciaId=3585
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