sábado, 19 de maio de 2018

Encerramento da Novena do Divino


Na véspera de celebrar o Dia de Pentecostes, neste sábado, dia 19 de maio, é realizada o último dia da novena na Igreja Matriz, encerrando com Missa e ladainha em honra ao Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. A celebração começa às 19h30, antes porém, é rezado o terço do Divino .

                                                 Missa da Coroação do Imperador 

Nesses últimos dias de festa, a Coroação do Menino Imperador, que foi realizada nesta sexta-feira, contou com a presença de um grande número de fiéis, além de autoridades, banda de música e Folia do Divino. Vestido em traje de gala da época do império, o catequizando, João Gabriel , representando o Imperador recebeu a Coroa do Divino das mãos de seus pais, e depois de coroado recebeu as bençãos do frei Fernando, ao término da Santa Missa.


Um Pouco da História sobre a Coroação

Duas versões tentam explicar a presença do Imperador na Festa do Divino:

1) Na primeira consta que a rainha D. Isabel, num gesto de humildade, escolheu o homem mais pobre que assistia a uma missa e o coroou rei, colocando-lhe ainda, seu próprio manto e concedendo-lhe diversos privilégios. Este gesto foi muito apreciado pela nobreza local, que, com autorização do Dom Diniz, foi imitado nas localidades de Portugal, incorporando-se definitivamente, às festividades.

2) Existe ainda a lenda segundo a qual o Rei de Portugal teria prometido visitar uma de suas colônias na África durante os festejos do Divino. Desmarcada a visita repentinamente, a nobreza local, sentindo-se desprestigiada, escolheu um menino da localidade e vestiu-o como rei. Chegando a cidade de barco, o falso monarca recebeu da população diversas homenagens.

Muitas pessoas acham que a presença da figura do Imperador é uma recordação da visita que o Imperador D. Pedro II fez a Angra dos Reis, o que é totalmente errado, uma vez que a figura do Imperador do Divino tem registros muito mais antigos que a independência do Brasil, que ocorreu em 1822, quando foi criado o Império, que durou até 1889. Aliás, o próprio título de Imperador dado a D. Pedro I foi sugerido por José Bonifácio, que, preocupado com o detrimento do título de rei, preferiu o de Imperador, por ser o Imperador do Divino uma figura já conhecida e popular no Brasil, desde o início da colonização.

Mas, nós Cristãos não devemos esquecer que nos festejos em louvor ao Divino Espirito Santo, o Menino Imperador representa um elo entre o temporal e o espiritual. É a presença visível e palpável do coordenador de comunidade mais fraterna, procurando incutir em seus membros o recebimento dos dons e a colheita dos frutos do ESPIRITO SANTO.

É importante frisar que o Menino Imperador, embora participando de todos os atos litúrgicos e presidindo os eventos folclóricos, não é a figura central da festa, cujo objetivo de sua realização é homenagear o DIVINO ESPIRITO SANTO, terceira pessoa da Santíssima Trindade, que muitas vezes é confundida com a figura do Menino Imperador.
João Gabriel se emociona ao ser coroado diante dos fiéis, ao término da cerimônia religiosa  


Maria Célia Cipriano e Felipe, mãe e filho(ela no violão e ele no vocal) animando a Ladainha 
Igreja Matriz lotada em todos os dias da novena 

O presidente da Celebração Eucarística ,Frei Fernando e o concelebrante Frei Adailson. À esq. o diácono Ney Campos 
Célia Jordão ao lado dos pais do João Gabriel, o Imperador
Em traje de gala,  João Gabriel, o Imperador fez a primeira Leitura, no oitavo dia da novena do Espírito Santo
Frei Adailson e a corte do Divino 

Segue a Programação deste domingo, 20 de maio, Dia de Pentecostes:

A programação terá início às 6h, com alvorada festiva e amanhecer no Espírito Santo, com missa e café comunitário. 
Às 9h30, acontecerá a Procissão das Bandeiras e às 10h será celebrada, na Igreja Matriz, Missa Solene. Às 16h, será celebrada Missa festiva e, às 17h, haverá procissão do Divino Espírito Santo, seguida de troca da coroa do Divino pelo chapéu do Imperador.

Às 20h, continuam as atrações culturais no Cais de Santa Luzia, com apresentação do Grupo Nosso Som e danças folclóricas de Coquinhos, Jardineiras, Velhos, Lanceiros e Marujo.


A tradicional Festa do Divino, que chegou a Angra no século XVII, é organizada pela Paróquia Nossa Senhora da Conceição e conta com o apoio da Prefeitura de Angra, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Secretaria Executiva de Cultura e Patrimônio) e a Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra).
Redação e fotos: Pascom
Dalizania Melo


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