Uma das características do cristianismo é a esperança. Não foi
por acaso que o Papa Francisco, durante a JMJ, enfatizou a necessidade de
alimentarmos a Esperança em qualquer situação da vida e da história.
A primeira leitura de hoje, destaca outra característica indispensável
ao cristianismo: a Resistência. Sete irmãos são presos e submetidos a torturas
para aderir ao projeto do Rei (projeto de morte), o que significaria romper com
o projeto de Deus (projeto de Vida).
Bonito, corajoso e profético o testemunho desses irmãos. Não
temerem sequer a morte. Acreditavam que caminhar com Deus, é a opção pela Vida
e tinham certeza que mudar de direção, seguir o rei era, na verdade, optar pela
morte.
Resistem à tortura e confirmam o valor da morte.
Sem Resistência não há como avançar. São muitos os projetos
de morte que chegam a nós. Precisamos resistir, a exemplo desses irmãos, para
que possamos mudar a triste realidade que aos poucos se sobrepõe à vida de
todos desviando-nos do caminho de Deus.
Resistir não é ter “cabeça dura”, não aceitar mudanças. Resistir
é alimentar as raízes que nos sustentam. Podem até mudar os ventos,
(acontecimentos, pensamentos, ...) mas as raízes nos dão a firmeza necessária e
nos fazem permanecer de pé na direção certa.
É urgente cultivar as raízes da nossa fé, do nosso SER CRITÃO/Ã
para que possamos superar a incredulidade dos saduceus e acreditar que Ressurreição
não é apenas pensar a vida após a morte, mas sim uma força renovadora e
transformadora que recria a Vida, pois Ressurreição é ação divina, ou seja, vem
de Deus. E, nosso Deus, é o Deus dos vivos e não dos mortos.
Não nos preocupemos tanto em saber o que vem após a morte. Não
esqueçam: Nossa missão maior, é cuidar da vida.
Boa semana. Deus lhes abençoe.
Frei Fernando.
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