sábado, 16 de junho de 2012

XI Domingo do Tempo Comum - Mc 4, 26-36

“O Reino de Deus é O JÁ E O AINDA NÃO".

Jesus desejou ardentemente o Reino do Pai. Pregou sobre ele, deu testemunho e revelou sinais de que o mesmo estava presente entre todos. Para que o povo compreendesse melhor a mensagem do Reino e se empenhasse para que ele se tornasse realidade, Jesus contou várias parábolas. 
O Evangelho deste domingo apresenta duas delas.
Na primeira delas, Jesus anima o povo a trabalhar sempre com realismo, com paciência e com confiança. O Reino de Deus exige de nós, verdadeiro discipulado, ou seja: SEMEAR e não COLHER. Não viver dependendo do resultado.
Não se preocupar com a perfeição nem com o êxito imediato. Viver o discipulado consiste em semear bem o Evangelho. Os colaboradores(as) de Jesus têm de ser semeadores(as). Precisamos esquecer a lógica da colheita e entrar na lógica paciente de quem semeia um futuro melhor.


Na segunda parábola, Jesus continua enfatizando a necessidade de semear sem preocupar-se imediatamente com a colheita. Por isso apresenta a parábola do “grão de mostarda”. Trata-se sempre de semear o Projeto de Deus entre os seres humanos.
Aparentemente pode parecer semear algo tão pequeno e insignificante como "um grão de mostarda", mas o grão de mostarda cresce e, no fim, os pássaros vêm para fazer seu ninho nos ramos. Assim é o Reino. Começa bem pequeno, cresce e estende seus ramos para acolher a todos.
Começou com Jesus e uns poucos discípulos e discípulas. Foi perseguido e caluniado, mas cresceu e foi estendendo seus ramos.

Tenhamos em mente que o Reino de Deus está em constante construção.
"O Reino de Deus é O JÁ E O AINDA NÃO”.

Por isso mesmo, as parábolas falam de semeador e semente. A mentalidade do tempo presente fortalece exageradamente a colheita. Semear exige dedicação e gratuidade. Colher significa usufruir do que foi semeado. No entanto, sabemos: “NÃO HÁ COLHEITA SEM SEMEADURA”.
Estamos acompanhando a Conferência da ONU – a RIO + 20. Se o mundo está discutindo sobre a sustentabilidade, é sinal claro de que a humanidade está colhendo mais que semeando.
Reflitamos esta frase de Frei Carlos Mesters, inspirada neste Evangelho:

“COMO CRISTÃOS(ÃS) PLANTAMOS JACARANDÁ E NÃO ALFACE. ALFACE LOGO CRESCE E MORRE. JACARANDÁ CUSTA CRESCER, MAS DEMORA MORRER”.
 
 
Precisamos, pois, plantar as sementes do Reino. Precisamos, pois, viver o verdadeiro discipulado.
                                                         Fraterno abraço, Frei Fernando.

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